Cross-selling é uma estratégia de marketing com o objetivo de vender serviços ou produtos interessantes para um cliente que já comprou um produto relacionado. Ou seja, cross-selling nada mais é do que uma forma de aumentar suas vendas ao oferecer outros produtos relevantes para o cliente.
O cross-selling pode ser uma forma fácil de aumentar as vendas e o lucro do varejista. É muito simples: se um cliente compra dois produtos ou mais em um estabelecimento, está gastando mais do que se comprasse só um produto. Por isso, é tão importante que essa estratégia sempre ofereça produtos realmente interessantes para os consumidores.
Há duas formas principais de aplicar o cross-selling em seu negócio: produtos complementares e produtos substitutos. Vamos então explorar cada uma dessas opções.
Produtos substitutos
Produtos substitutos são aqueles que podem ser consumidos ou ter a mesma função de outro, usados um no lugar do outro. Um bom exemplo é o café e o chá. Ambos ocupam o mesmo local nos hábitos dos brasileiros: bebidas normalmente consumidas quentes e usadas para dar aquela despertada.
Normalmente, a demanda por produtos substitutos é inversamente proporcional. Ou seja, quando a procura por um desses produtos aumenta, a procura pelo outro cai. Na prática, isso significa que se o preço do café subir, muitas pessoas podem começar a optar pelo chá. Um produto substituto evita que o cliente desista da compra caso não encontre ou desista de comprar sua primeira opção de produto.
Uma boa maneira de colocar em prática a estratégia dos produtos substitutos é colocá-los próximos uns aos outros nas gôndolas. Dessa forma, fica mais fácil para os clientes comprar preços, conhecer novas opções e então fazer sua escolha. Outra opção é oferecer descontos em produtos substitutos, para os deixar ainda mais atraentes para os clientes. Assegurar que o cliente encontra algo que deseja não só evita o prejuízo de uma venda perdida como também melhora a experiência do cliente.
Produtos complementares
Produtos complementares são aqueles que normalmente são consumidos juntos. Isso pode acontecer de diversas maneiras. Um exemplo é o arroz e feijão, produtos que tradicionalmente andam de mãos dadas. Outro caso é de produtos que necessariamente precisam estar juntos, como é o caso de uma impressora precisar de um toner, ou de uma lanterna que precisa de pilhas.
Ao contrário do que acontece com os produtos substitutos, a procura por produtos complementares costuma aumentar ao mesmo tempo. Ou seja, se a procura pelo arroz aumentar, os clientes provavelmente também vão procurar comprar mais feijão.
A estratégia do cross-selling com produtos complementares é parecida com a usada com produtos substitutos: organizar e oferecer esses produtos de forma próxima e visível. Os sorvetes, por exemplo, costumam ficar junto a outros produtos congelados, enquanto as caldas ficam em um corredor completamente diferente. Isso não impede que o varejista coloque algumas unidades de calda perto do freezer. Dessa forma, aquele cliente que decidiu comprar um pote de sorvete de última hora poderá também levar a calda, algo que talvez não fizesse se tivesse que procurar pelo segundo produto.
Promoções também são válidas quando falamos de produtos complementares. Usando o exemplo acima, o varejista pode oferecer algo como 10% de desconto na calda caso o cliente leve um sorvete. Produtos complementares também afetam diretamente a satisfação do cliente, visto que normalmente compram os produtos juntos ou os produtos em conjunto oferecem uma satisfação maior.
Em ambos os casos, devemos lembrar que o cross-selling não é uma série de regras fixas. Caso a procura por determinados produtos mude, os produtos ofertados em conjunto podem e devem ser mudados de acordo.
Cross-selling e o pequeno varejo
A estratégia de cross-selling não é válida apenas para grandes varejistas. É uma tática simples: oferecer uma maior variedade de produtos que interessam seus clientes. Ao oferecer produtos relevantes, um cliente que chegou com a intenção de comprar um produto acaba por comprar dois, três ou mais e ainda sai satisfeito por isso.
Não é necessário ser um grande comerciante para oferecer variedade. Comprando bem, é possível para o pequeno varejista oferecer uma maior diversidade de produtos interessantes para seus clientes. Por isso, saber comprar estrategicamente e aproveitar as vantagens de tecnologias como a Souk podem fazer toda a diferença.
Outra vantagem do pequeno varejista é conhecer bem seus clientes. Para que a estratégia do cross-selling dê certo, os produtos ofertados devem fazer sentido para aquele público. E ninguém conhece melhor sua clientela do que o pequeno e médio comerciante, que acompanha de perto seus hábitos.
Cross-selling não é um bicho de sete cabeças, mas pode ser um aliado poderoso do pequeno varejista para conseguir lucrar mais e ter clientes mais satisfeitos.