Qual o impacto das redes globais no pequeno varejo?

Oxxo, Carrefour Express, Minuto Pão de Açúcar, Extra Mini. Talvez você já tenha ouvido falar em alguns desses nomes, tão ligados a uma nova abordagem do setor: as lojas de conveniência. São franquias vinculadas a grandes varejistas, mas apresentam-se como “mercados de bairro”.
Essas lojas diferem dos estabelecimentos já conhecidos por seu tamanho. São estabelecimentos pequenos, que oferecem apenas produtos essenciais. Outra diferença é que os grandes supermercados costumam se localizar em áreas centrais ou de grande fluxo, com fácil acesso. Já essas franquias costumam se instalar em áreas predominantemente residenciais ou fora de vias importantes, embrenhadas dentro dos bairros.

Você conhece essa história? Sim, de certa forma essa é a versão feita por grandes varejistas dos pequenos comércios locais. A própria Oxxo divulga suas lojas como “mercados de bairro”. E nada é por acaso. Antes da entrada da Oxxo no Brasil, foram anos de pesquisa para entender porque padarias e mercadinhos locais são tão queridos pelos brasileiros.

Essas lojas de conveniência podem se parecer muito com os mercadinhos de bairro. Será que realmente são modalidades comerciais equivalentes?

Qual a diferença entre uma loja de conveniência e um mercadinho de bairro?

O varejo de conveniência se esforça para emular fielmente o pequeno comércio local. Em princípio, a lógica dos negócios é muito semelhante. São pequenos comércios que oferecem produtos básicos para a comunidade à sua volta. Mas as semelhanças terminam por aí.
Essas lojas de conveniência carregam consigo a estrutura e a marca de grandes conglomerados globais. A desvantagem deste modelo é que há diversos custos envolvidos, como em qualquer franquia. No entanto, não podemos esquecer que, apesar de se divulgarem como mercearias de bairro, essas lojas ainda são ligadas a grandes jogadores do mercado global. Com isso conseguem, por exemplo, ter em pequenos estabelecimentos as mesmas vantagens que os grandes varejistas.

Por causa dessa dinâmica, as lojas de conveniência possuem acesso aos mesmos produtos disponíveis para os grandes varejistas. Grandes mercados têm acesso não só a uma vasta gama de produtos, como também a descontos substanciais por conta do volume das compras. Afinal, são lojas integradas à cadeia de suprimentos global. Muitas vezes as lojas de conveniência têm um custo operacional elevado. Ainda assim, contam com facilidade de acesso a produtos de marcas já estabelecidas, e a preços muito competitivos.

Como o pequeno varejista pode competir com as grandes redes globais?

Para entender como o pequeno varejo pode lidar com a chegada das grandes redes globais, é preciso entender suas semelhanças. Ainda mais importante é entender suas diferenças. Mesmo que ambos tenham como objetivo atender às necessidades básicas do comércio local, diferem no que diz respeito à dinâmica operacional, capacidade de personalização e flexibilidade.

Com astúcia e resiliência, o pequeno varejista
pode competir com as grandes redes

Lojas de conveniência dividem seu território com mercearias, padarias e pequenos mercados. No entanto, ainda fazem parte de poderosos conglomerados globais. Isso não significa, no entanto, que o pequeno varejista não tenha suas próprias vantagens. As grandes redes globais também têm suas limitações.
Para deixar este jogo mais justo, os pequenos comerciantes têm a tecnologia como maior aliada.

Algumas opções já fazem parte do dia a dia do brasileiro e se tornam cada vez mais acessíveis. É o caso de aplicativos de compras online e sistemas de vendas. Mais importante, há também opções para ajudar o pequeno varejista a ter acesso a produtos com variedade e preços tão competitivos quanto os que estão disponíveis para as grandes redes.

Um exemplo é a plataforma Souk, um aplicativo que permite ao pequeno varejista negociar diretamente com a indústria. Essa abordagem inovadora permite aos pequenos varejistas acessar uma gama de produtos muitas vezes fora de seu alcance – como é o caso dos produtos FEFO. Além disso, também oferece a oportunidade de preços normalmente reservados aos grandes varejistas. Ao oferecer uma alternativa viável às tradicionais cadeias de suprimentos, a Souk possibilita que os pequenos varejistas mantenham sua competitividade frente à chegada das grandes redes.

A tecnologia e a versatilidade são grandes aliadas do pequeno varejista!


As vantagens do pequeno varejista não estão apenas em sua flexibilidade e capacidade de personalização. Também se encontra em sua proximidade íntima com a comunidade. Comerciantes locais conhecem a fundo seus clientes e, consequentemente, suas necessidades e preferências. Por isso, o varejista local pode adaptar seus produtos à demanda de seus clientes. Isso é algo que grandes redes têm dificuldade em replicar devido à natureza padronizada e rígida de suas operações.

Ao utilizar tecnologias como a Souk para negociar diretamente com a indústria, os pequenos comerciantes podem oferecer produtos que atendem às expectativas de seu público, a preços competitivos. Enquanto isso, grandes redes possuem uma cartela de produtos mais fixas e limitadas. É inviável para grandes redes personalizar seus produtos exatamente em acordo com as necessidades dos clientes.

O pequeno comércio encontra grande força em sua proximidade com a comunidade, em sua habilidade de personalização e em sua resposta rápida às demandas locais. Está no pão quentinho e no embutido fatiado na hora. Portanto, se você é um pequeno comerciante e está preocupado com a entrada das grandes redes globais no varejo local, veja tudo isso como uma oportunidade. É uma chance de se atualizar e se manter competitivo ao aliar sua própria experiência com novas tecnologias, sem perder sua essência.


Em síntese, a narrativa do pequeno varejo frente aos conglomerados globais é uma história de adaptação inteligente, inovação rápida e resiliência diante das mudanças do panorama varejista global.

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